domingo, 24 de abril de 2011

Índia chora a morte de Sathya Sai Baba




Puttaparthi, Índia, 24 Abr 2011 (AFP) - O guia espiritual indiano Sai Baba, um dos gurus mais conhecidos da Índia, morreu na manhã deste domingo em um hospital de Puttaparthi, no sudeste do país, informou o centro médico.

"Sai Baba já não está entre nós fisicamente. Respirou pela última vez às 07h40 e morreu por parada cardiorrespiratória", informou em um comunicado o Instiuto Superior de Ciências Médicas de Puttaparthi, localizado no estado de Andhra Pradesh.

"Seu corpo será exposto durante dois dias, na segunda e terça-feira, para que seja reverenciado", completou a nota.

Sai Baba, 85 anos, estava hospitalizado havia mais de três semanas em estado crítico em sua cidade natal devido a problemas cardíacos, pulmonares e renais.

Depois de a notícia ser divulgada, milhares de indianos foram ao hospital para dar seu último adeus ao famoso guia espiritual.

A polícia teve de colocar barreiras para conter as massas, e pediu tranquilidade aos cidadãos depois de ter sido anunciada a morte do guru.

Devotos do guia deslocaram-se para Puttaparthi nas últimas semanas para realizar orações especiais, que pediam um milagre para que Sai Baba se recuperasse.

O primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, disse que o país chorará profundamente a morte de Sai Baba, que "era uma inspiração para as pessoas de todas as fés".

"Era um líder espiritual que inspirou milhões (de pessoas) a levar uma vida moral e coerente, inclusive se seguiam a religião que queriam", disse Singh, que completou que o guru ensinou "os ideais universais da verdade, boa conduta, paz, amor e não violência".

O guia era considerado por seus devotos como a reencarnação de um homem sagrado, Sai Baba de Shirdi, que morreu em 1918.

Sua organização fundou projetos sanitários e educativos em toda a Índia, incluindo hospitais e clínicas, que asseguravam poder curar doenças.

Um de seus maiores seguidores e que mais lhe ajudou economicamente foi o ex-proprietário da rede de restaurantes Hard Rock Café, Isaac Burton Tigrett, que viveu em Puttaparthi e doou grande parte de sua fortuna à fundação de Sai Baba.

http://www.lyndha.com/mantras/saibaba.htm


PASSAGENS SOBRE A VIDA DE SAI BABA:

http://www.amaluz.net/passagens.htm


Adaptação de André Maciel

sexta-feira, 22 de abril de 2011

TESTEMUNHO MUITO INTERESSANTE SOBRE A DIGNIDADE DO POVO JAPONÊS.


Foto Sonia Maciel

A monja Coen, que mora em São Paulo no Templo Busshinji, explica porque os japoneses sempre surpreendem o mundo com seu modo de fazer face às dificuldades.


" Quando voltei ao Brasil, depois de residir doze anos no Japão, me
incumbi da difícil missão de transmitir o que mais me impressionou do povo Japonês: kokoro.

Kokoro ou Shin significa coração-mente-essência.

Como educar pessoas a ter sensibilidade suficiente para sair de si mesmas, de suas necessidades pessoais e se colocar à serviço e
disposição do grupo, das outras pessoas, da natureza ilimitada?

Outra palavra é gaman: aguentar, suportar. Educação para ser capazde suportar dificuldades e superá-las.

Assim, os eventos de 11 de março, no Nordeste japonês, surpreenderam o mundo de duas maneiras. A primeira pela violência do tsunami e dos vários terremotos, bem como dos perigos de radiação das usinas nucleares de Fukushima. A segunda pela disciplina, ordem, dignidade, paciência, honra e respeito de todas as vítimas. Filas de pessoas passando baldes cheios e vazios, de uma piscina para os banheiros.

Nos abrigos, a surpresa de repórteres das grandes redes de TV internacionais: ninguém queria tirar vantagem sobre ninguém. Compartilhavam cobertas, alimentos, dores, saudades, preocupações, massagens. Cada qual se mantinha em sua área. As crianças não faziam algazarra, não corriam e gritavam, mas se mantinham no espaço que a família havia reservado.

Não furaram as filas para assistência médica – quantas pessoas necessitando de remédios perdidos – mas esperaram sua vez também para receber água, usar o telefone, receber atenção médica, alimentos, roupas e escalda pés singelos, com pouquíssima água.

Compartilharam também do resfriado, da falta de água para higiene pessoal e coletiva, da fome, da tristeza, da dor, das perdas de
verduras, leite, da morte.

Nos supermercados lotados e esvaziados de alimentos, não houve saques.
Houve a resignação da tragédia e o agradecimento pelo pouco que recebiam. Ensinamento de Buda, hoje enraizado na cultura e chamado de kansha no kokoro: coração de gratidão.

Sumimasen é outra palavra chave. Desculpe, sinto muito, com licença.
Por vezes me parecia que as pessoas pediam desculpas por viver.
Desculpe causar preocupação, desculpe incomodar, desculpe precisar falar com você, ou tocar à sua porta. Desculpe pela minha dor, pelo minhas lágrimas, pela minha passagem, pela preocupação que estamos causando ao mundo. Sumimasem.

Quando temos humildade e respeito pensamos nos outros, nos seus sentimentos, necessidades. Quando cuidamos da vida como um todo, somos cuidadas e respeitadas.
O inverso não é verdadeiro: se pensar primeiro em mim e só cuidar de mim, perderei. Cada um de nós, cada uma de nós é o todo manifesto.

Acompanhando as transmissões na TV e na Internet pude pressentir a atenção e cuidado com quem estaria assistindo: mostrar a realidade, sem ofender, sem estarrecer, sem causar pânico. As vítimas encontradas, vivas ou mortas eram gentilmente cobertas pelos grupos de resgate e delicadamente transportadas – quer para as tendas do exército, que serviam de hospital, quer para as ambulâncias, helicópteros, barcos, que os levariam a hospitais.

Análise da situação por especialistas, informações incessantes a toda população pelos oficiais do governo e a noção bem estabelecida de que “somos um só povo e um só país”.

Telefonei várias vezes aos templos por onde passei e recebi telefonemas. Diziam-me do exagero das notícias internacionais, da
confiança nas soluções que seriam encontradas e todos me pediram que não cancelasse nossa viagem em Julho próximo.

Aprendemos com essa tragédia o que Buda ensinou há dois mil e quinhentos anos: a vida é transitória, nada é seguro neste mundo, tudo pode ser destruído em um instante e reconstruído novamente.

Reafirmando a Lei da Causalidade podemos perceber como tudo está interligado e que nós humanos não somos e jamais seremos capazes de salvar a Terra. O planeta tem seu próprio movimento e vida. Estamos na superfície, na casquinha mais fina. Os movimentos das placas tectônicas não tem a ver com sentimentos humanos, com divindades, vinganças ou castigos. O que podemos fazer é cuidar da pequena camada produtiva, da água, do solo e do ar que respiramos. E isso já é uma tarefa e tanto.

Aprendemos com o povo japonês que a solidariedade leva à ordem, que a paciência leva à tranquilidade e que o sofrimento compartilhado leva à reconstrução.

Esse exemplo de solidariedade, de bravura, dignidade, de humildade, de respeito aos vivos e aos mortos ficará impresso em todos que acompanharam os eventos que se seguiram a 11 de março.

Minhas preces, meus respeitos, minha ternura e minha imensa tristeza em testemunhar tanto sofrimento e tanta dor de um povo que aprendi a amar e respeitar.

Havia pessoas suas conhecidas na tragédia?, me perguntaram. E só posso dizer : todas. Todas eram e são pessoas de meu conhecimento. Com elas aprendi a orar, a ter fé, paciência, persistência. Aprendi a respeitar meus ancestrais e a linhagem de Buda.

Mãos em prece (gassho)
Monja Coen

quinta-feira, 14 de abril de 2011

TODO DIA É DIA DE YOGA


A Região dos Lagos ou da Costa do Sol, vai sediar em junho do dia 15 ao19 a primeira semana de Yoga, nas
cidades de Saquarema, Araruama e São Pedro da Aldeia.
Nesta semana, acontecerão atividades contínuas de Yoga, como palestras, workshops, praticas de ásanas, apresentações musicais e etc.
Em breve o programa será postado, mas desde já, reservem um tempo em junho para participar deste evento, pois com certeza os participantes vão entender o porque do slogam:


"TODO DIA É DIA DE YOGA"


NAMASKAR!