terça-feira, 27 de abril de 2010

Mas, o que é Yoga?

“Uma onda de curiosidade acerca do Yoga tem, nos últimos tempos, assaltado o homem ocidental. É como se o ocidente descobrisse o Oriente. É muito rico em conseqüências tal descobrimento: novos horizontes, novas perspectivas, novas técnicas de vida, esperanças novas, remédios novos. Novos para nós. Para os povos do Oriente, velhíssimos. Milenar é o yoga.
Por mais destacado que seja o nosso lugar na sociedade; por maior que seja nossos haveres e poderes; por mais intensos que sejam nossos prazeres, continuamos sentindo que algo nos falta. Há uma indeterminada necessidade a tranqüilizar-nos, necessidade que não é sexo, não é livro de cheque, não é uma posição de mando, nem um lugar nas colunas sociais, nem mesmo a beleza, ou uma boa família, que também não é carinho e afeto. É, isto sim, a triste sensação de sermos desterrados. Isto é o que nos inquieta. É a ânsia de voltar (como na parábola do filho pródigo). A filosofia existencialista o demonstra.
Yoga também quer dizer unificação de si mesmo. O que implica levar o homem vulgar a transcender o atual estado em que vive: “uma casa dividida contra si mesma”. O homem comum é um incoerente e desarmônico amontoado de desejos, pensamentos, paixões, hábitos, emoções, preconceitos, sentimentos, idéias e ideais, lembranças, atitudes conscientes e inconscientes. O homem não é, infelizmente, uma unidade e sim um desastrado conflito, uma guerra civil incessante. Não tem paz. Não tem força. Unificar-se, tornando-se um todo harmônico, é o seu destino superior. Em outras palavras, Yoga é o que lhe falta”.
Professor Hermógenes

Adaptação
André Maciel

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