sexta-feira, 28 de maio de 2010

PROFISSIONAIS do ESPAÇO AM de HATHA YOGA



Olá!
Tenho o prazer de anunciar algumas das mudanças para o corrente ano de 2010
- Coordenação Prof. André Maciel
Profissional de Yoga (ABPY), Professor de Educação Física, Reiki, Prático em Quiropráxia (manipulação vertebral) e DO-IN.
Cel:(22) 9219-3313
Cel:(22) 8844-7447
E-mail: amyoganat@gmail.com
Blog--: www.amyogaspa@blogspot.com

* Novos profissionais:

- Prof. Arilson Assunção
Profissional de Yoga, Homeopatia e Reiki.
Cel:(22) 7811-0279


- Prof. Gigi Loiola
Profissional de Yoga, Português e Literatura e Reiki.
Cel:(22) 9820-5353

HORÁRIOS,ATIVIDADES, CURSOS e PREÇOS

* 2ª FEIRA

15:45 ás 16:45h ---- Y.GESTANTE -- André
17:00 às 18:00h ---- HATHA YOGA -- André
18:20 às 19:20h ---- HATHA YOGA -- André

* 3ª FEIRA

08:00 ás 09:00h ---- HATHA YOGA -- André
09:15 ás 10:15h -- YOGA 3ª IDADE - André
18:20 às 19:20h ---- HATHA YOGA -- André
19:30 às 20:30h ---- HATHA YOGA -- André

* 4ª FEIRA

15:45 ás 16:45h ---- Y.GESTANTE -- André
17:00 às 18:00h ---- HATHA YOGA -- André
18:20 às 19:20h ---- HATHA YOGA -- André

* 5ª FEIRA

08:00 ás 09:00h ---- HATHA YOGA -- André
09:15 às 10:15h -- YOGA 3ª IDADE - André
18:20 às 19:20h ---- HATHA YOGA -- André
19:30 às 20:30h ---- HATHA YOGA -- André

* 6ª FEIRA

18:20 às 19:20h -- YOGA 3ª IDADE -- Gigi
19:30 ás 20:30h - C. MEDITAÇÃO - Arilson

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* As Consultas individuais do prof. André Maciel oferece: Reiki, Quiropráxia, Alongamento passivo (metodo 3S) e DO-IN.

Obs: O tempo da consulta é de aproximadamente 40 minutos.

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* VALORES:

- MENSALIDADE -------------------------------- R$ 100,00/MÊS

- CONSULTAS - (REIKI)------------------------- R$ 70,00
* 4 CONSULTAS -------------------------------- R$ 240,00

- HOMEOPATIA c/revisão inclusa - Arilson ----- R$ 80,00/consulta

- CURSO de MEDITAÇÃO ------------------------- R$ 70,00/MÊS

- AULAS INDIVIDUAIS NO ESPAÇO AM - 2X/SEMANA - R$ 160,00/MÊS

- AULAS INDIVIDUAIS NO ESPAÇO AM - 3X/SEMANA - R$ 180,00/MÊS

- PERSONAL YOGA EM DOMICÍLIO 2X/SEMANA ------- R$ 400,00 (50,00 h/aula)

- PERSONAL YOGA EM DOMICÍLIO 3X/SEMANA ------- R$ 5400,00 (45,00 h/aula)

* SOLICITAMOS ATESTADO MÉDICO AUTORIZANDO AS PRÁTICAS

* ALUGAMOS A NOSSA SALA PARA PALESTRAS E CURSOS

YOGA para A MELHOR IDADE




NUNCA É TARDE PARA COMEÇAR

Por NAVRATTNA YOGA - LONDRINA
“Yoga é a ciência de bem viver e deve ser incorporada ao nosso dia a dia”.
Swami Satyananda Saraswati

Da raiz “yug“, que significa unir, o Yoga diz respeito à união do corpo, mente e espírito. Em geral, quando se fala em Yoga, as pessoas têm em mente imagens de posições impossíveis de se realizar. Mas essa não é a essência da prática.

O Yoga não tem limite de idade, não depende de crença nem de religião. Não entra em conflito com os sentimentos religiosos, pelo contrário. A prática permite que cada um, aos poucos, aproxime-se do seu verdadeiro ser.

Até pouco tempo atrás, o Yoga era usado no ocidente apenas como técnica de relaxamento, controle respiratório e meditação. Hoje, o ocidente vê o Yoga como uma prática poderosa no tratamento de doenças, com eficácia comprovada por vários estudos acadêmicos. Aliada à medicina convencional, a prática pode ter um papel importante no tratamento de doenças como: hipertensão, diabetes, depressão, asma, artrite, irritações no intestino, alcoolismo, entre outras.

Esta prática tem sido cada vez mais indicada pelos médicos de pacientes da terceira idade na busca de tratamento de diversos sintomas, desde o fortalecimento dos ossos e articulações, até a busca de auto-confiança e auto-estima. É sabido que grande número de idosos sofrem de osteoporose e que a cada dia vem crescendo o número de cirurgias de prótese da articulação do fêmur com o quadril.

Para evitar as quedas, tão comuns nesta idade, o Yoga trabalha fortalecendo a visão e os olhos; promovendo o equilíbrio físico; mantendo a flexibilidade da coluna; fortalecendo as articulações, musculatura e ligamentos dos pés, joelhos, coxas e quadris. Os exercícios são executados de forma tranqüila e prazerosa, buscando a auto-superação aos poucos, respeitando sempre a limitação individual.

Os exercícios para os olhos, Trátakas, ajudam a manter a boa saúde da retina e das outras partes do olho, permitindo uma boa acomodação do olhar para enxergar os degraus, as mudanças na altura do chão e para pisar firmemente.

O pé é a base de uma boa estática. Na prática, os exercícios dão flexibilidade aos dedos dos pés, fortalecendo ao mesmo tempo o arco do pé para uma boa sustentação. Aumenta-se também a flexibilidade da coluna vertebral. Uma coluna flexível é imprescindível para se ter mais conforto e saúde, dando maior mobilidade e juventude. Além destes benefícios, a prática promove o massageamento de vísceras, glândulas e órgãos, promovendo o equilíbrio às suas funções. Desenvolve consciência corporal e coordenação motora, fortalece o sistema imunológico.

As técnicas respiratórias têm grande importância dentro da prática do Yoga. Respirar conscientemente relaxa os músculos, estimula a circulação e aumenta a provisão de oxigênio em todos os tecidos, melhorando a capacidade pulmonar, a capacidade de memória, de concentração e o raciocínio. Estando diretamente ligada ao sistema nervoso, a respiração atua nos estados de humor do indivíduo. As técnicas respiratórias agem no combate contra a ansiedade e depressão.

Já nas técnicas de relaxamento, ocorre o aumento da resistência da pele, combate a neuroses, stress, desenvolvimento de força de vontade, auto-confiança e ampliação da consciência. Importantes também são as técnicas de concentração, que aumentam a percepção e intuição; ocasionam mudanças nas células cerebrais e nos nervos, promovendo regeneração cerebral. Com a mente concentrada, o praticante alcança um domínio muito grande sobre seu corpo, sua saúde e sua vida.

Em linhas gerais, a prática do Yoga faz um bem enorme, ajudando a: equilibrar a produção hormonal; reduzir a pressão sangüínea e os níveis de colesterol; melhorar o padrão de sono; fortalecer o sistema imunológico; aumentar a capacidade de concentração e a criatividade; desenvolver um corpo e idéias mais flexíveis; melhorar a qualidade de vida.

Ter um corpo que funciona bem, que responde ao comando, que favorece a dignidade e a autonomia, e revela suas aptidões pessoais, é busca de todo ser humano. Entrar na terceira idade não quer dizer “ficar doente”. Podemos ganhar anos, maturidade, sabedoria e experiência de vida com saúde, bem estar e equilíbrio físico, mental e emocional.
O Navrattna Yoga de Londrina vem desenvolvendo em parceria com a Unimed um trabalho junto a grupos de “melhor idade” há dois anos. Este trabalho nos tem trazido muita satisfação pelos objetivos atingidos. Informe-se sobre estas aulas em nosso estúdio.

Um abraço e até mais.

Ivana e Susana

Categoria: yoga

HATHA YOGA para GESTANTES

conheça os benefícios
Yoga é uma ciência milenar dos sábios da India e constitui uma das melhores formas de disciplina e controle físico, mental e espiritual do homem.

O QUE É

Yoga significa uniao: unindo consciência e matéria, através de sua prática, ela pressupoe uma atitude da mente que permite às pessoas enfrentar a vida com tranqüilidade de espírito.

Yoga, portanto, nao é uma religiao, é uma filosofia de vida. Ela trabalha com a energia, e visa facilitar a remoçao de obstáculos para que esta possa circular livremente por todo corpo e toda mente.

Hatha yoga para gestantes é uma yoga adaptada para esse período da vida da mulher (ela é preparada para a maternidade e para a vida após esta).

BENEFICIOS

- Há um aumento nos níveis de energia, com conseqüente bem estar e diminuiçao da fadiga exagerada, tanto na gestaçao, quanto no parto e pós- parto;

- O livre fluxo da corrente sanguínea, permite a chegada de mais oxigênio às células, o que diminui as câimbras;

- Trabalha muito com a coluna (melhora a postura, ajuda a eliminar azia, falta de ar e dores na regiao lombar);

- Ensina a reconhecer os diferentes tipos de respiraçao, preparando a gestante para o trabalho de parto;

- Ensina diversas posiçoes a serem adotadas nos períodos de dilataçao e expulsao.

MUDANÇAS DECORRENTES DA PRATICA

Mental

As posturas sao realizadas em conexao com a respiraçao ( Como a respiraçao faz a ligaçao entre corpo e mente, passa-se a observar simultaneamente o corpo e a mente). Além disso amplia-se a habilidade de focar a atençao sobre certas tarefas e objetivos a serem atingidos (criam-se as bases para o fortalecimento da força de vontade, bem como para as difíceis mudanças de hábito).

Emocional

A quietude e a auto-observaçao vao produzindo, na gestante, oportunidades de perceber de forma nova as situaçoes da vida, bem como de descobrir novas maneiras de lidar com as próprias dificuldades emocionais.

Espiritual

As diversas práticas de relaxamento podem lhe trazer benefícios espirituais (O nascimento do filho pode ser vivido como uma das mais profundas experiências espirituais da vida).

A Hatha Yoga só traz benefícios à saúde da mulher e de seu filho, de maneira alguma prejudica a gestaçao; mas, é muito importante que os exercícios sejam feitos com o acompanhamento de uma pessoa especializada.

Direitos das Gestantes, segundo o Ministério da Saúde:

1- Presença do companheiro ou alguém da família para acompanhar o parto, dando segurança e apoio;

2- Receber as orientaçoes necessárias, passo a passo, sobre o parto e os procedimentos que serao adotados, com a mulher e o bebê. A mulher bem informada faz melhor a sua parte, ajuda mais;

3- Receber líquidos (água , suco), pois o trabalho de parto pode durar até 12 horas;

4- Liberdade de movimentos durante o trabalho de parto. A mulher pode caminhar sem restriçoes;

5- Escolha da posiçao mais confortável para o parto;

6- Relaxamento para aliviar a dor. Pode ser massagem, banho morno ou qualquer forma de relaxamento conveniente para a mulher;

7- Parto seguro, sem muitos procedimentos, pois podem até atrapalhar em vez de ajudar. É importante verificar sempre as contraçoes e escutar o coraçao do bebê;

8- Contato imediato com o bebê logo que nasce. Muito importante para a mae e o filho;

9- Alojamento conjunto, para que o bebê fique o tempo todo perto da mae, recebendo carinho e atençao;

10- Respeito. A mulher deve ser respeitada, chamada pelo nome, ter privacidade e ser atendida em suas necessidades.


Fonte: saudeinformacoes

sexta-feira, 14 de maio de 2010

"O MONGE MAIS FELIZ DO MUNDO"

A meditação como caminho para a felicidade

Por Mingyur Rinponche (Monge).


"Por que eu sou feliz? Ai!", diz a estudante Sabrina dos Santos.
"Com a fé que eu tenho em Deus, eu me sinto uma pessoa muito feliz”, garante a comerciante Iracilda da Silva Diniz.
"O que me faz mais feliz nessa vida é minha esposa e os meus netos", opina o aposentado Otacílio Azevedo.
"O que me traz felicidade?", pergunta Sabrina dos Santos.
“Estar bem consigo mesmo", afirma o economiário Antenor Carvalhaes.
"Saúde e paz de espírito", lembra a contadora Irene de Freitas.
"Sou feliz", afirma Sabrina dos Santos.

Onde encontrar essa tal felicidade? Será que ela está aí, vagando pela rua, na forma de um grande amor, também à procura de ser feliz? Tem alegria maior para um torcedor do que o gol do título aos 40 e poucos do segundo tempo? Ou não há nada que se compare ao nascimento de um filho?

"Essa aqui é a minha razão de viver: a minha filha Yasmim. É Deus no céu e ela na terra. Quando eu chego em casa, a minha felicidade multiplica cada vez mais", conta o dedetizador Carlos Batista Brito.

Ou será que o caminho da felicidade passa pela casa lotérica?

"Bom, para quem sabe usar, o dinheiro traz felicidade", opina o vigia Edeval Trindade.
"Nada vale no mundo o sossego da gente. É melhor do que dinheiro", aponta a pensionista Arminda Coutinho.

Talvez, a chamada felicidade permanente seja mais do que isso e esteja bem perto da gente.
“Se você está procurando a felicidade apenas fora de você, sua vida vai parecer a Bolsa de Valores”, diz Mingyur Rinponche,

Palavras de um homem que parece ter uma cabeça diferente: o monge budista Mingyur Rinpoche.
O monge foi estudado por cientistas da Universidade do Wisconsin, nos Estados Unidos. Ele se submeteu a exames de ressonância magnética.
Enquanto meditava, uma parte do cérebro dele foi ativada com uma intensidade oito vezes maior do que o normal.
Os pesquisadores chegaram a pensar que a máquina estivesse com defeito.
A área é o chamado lobo pré-frontal esquerdo, que, segundo os pesquisadores, é fortemente ativado em pessoas que relatam sensação de felicidade.

Mingyur Rinpoche nasceu no Nepal, aos pés da maior montanha do mundo. E até a adolescência teve uma vida comum.
“Por qualquer coisinha, eu ficava muito feliz. E qualquer coisa errada, me deixava triste”, lembra.
Aos 13 anos, ele passou por um momento difícil:
“Eu tinha ataques de pânico, mas descobri que, quando meditava, o pânico sumia. Até que passou de vez”, conta.

O monge compara nossa mente a um copo com água e açúcar. Os pensamentos turvam a nossa visão como o açúcar, que turva a água mexida.
Meditar é deixar a mente em repouso, ele diz. Sem o redemoinho de pensamentos, temos clareza, equilíbrio, o que, de acordo com os budistas, nos leva à felicidade.

Mas será que é possível repousar uma mente atormentada pela correria?
Vamos ver se você consegue meditar: mantenha os olhos fixos na tela e procure não pensar em nada.
Concentre-se apenas na sua respiração.

Então, você conseguiu não pensar em nada? Ou sua cabeça ficou pulando de pensamento em pensamento?
Rinpoche define a mente de alguém tomado pela ansiedade como um macaco maluco, que não pára quieto.
A questão é: como serenar esse macaco e conseguir meditar?
“É como fazer ginástica. Quando você vai à academia, nas primeiras vezes, é doloroso.
Levantar o peso seis, sete vezes. Algum tempo depois, fica fácil. Cem vezes, duzentas. Com meditação, é a mesma coisa.
Tente quinze minutos por dia.
Esse é o caminho para você se tornar uma pessoa mais calma e mais feliz”, aconselha Mingyur Rinponche.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

O QUE É REIKI?

Por Centro Internacional de Formação Reiki
Adaptado por André Maciel

Reiki é uma técnica japonesa para a redução do stress e relaxamento, que também promove a cura. É administrado por "imposição de mãos" e é baseado na idéia de que uma enrgia invisível, "força vital", flui através de nós e é o que nos faz estar vivo. Se a "energia vital" é baixa, então nós estamos mais propensos a ficar doentes ou sentir os efeitos do stress, e se ele é alto, somos mais capazes de ser felizes e saudáveis.
A palavra Reiki é composta de duas palavras japonesas - Rei, que significa "sabedoria de Deus ou o Poder Superior" e Ki que é "energia vital". Assim, Reiki é realmente "a energia da força espiritual que ajuda a guiar nossa vida."
Entretanto o Reiki é de natureza espiritual, mas não é uma religião. Não tem nenhum dogma, e não há nada que você deve acreditar, a fim de aprender e usar o Reiki. Na verdade, o Reiki não depende de crença em tudo e vai funcionar se você acredita nele ou não. Porque Reiki vem de Deus, muitas pessoas acham que o uso de Reiki coloca-los mais em contato com a experiência de sua religião em vez de ter apenas um conceito intelectual da mesma.
Seu uso não está dependente de uma capacidade intelectual ou do desenvolvimento espiritual e, portanto, está disponível para todos. Foi ensinado com sucesso para milhares de pessoas de todas as idades e origens.

NAMASTE!

sábado, 8 de maio de 2010

Olá!
Estou lhes apresentando os Professores André De Rose e Carlos Eduardo, quero dizer que tive a oportunidade de ter tido aulas com eles e sem dúvida nenhuma tratam-se de profissionais do mais alto gabarito do Yoga no Brasil.

O que são mantras?
2010-05-07 00:11
Artigo retirado da revista História Viva, autoria do professor Andre De Rose,
baseado integralmente nos ensinamentos do professor Carlos Eduardo G. Barbosa


Mantra, a rigor, não faz parte das práticas do Yoga, mas é utilizado por muitos de seus praticantes. Certamente é um dos assuntos mais encantadores que a Índia nos legou. Apesar da simplicidade de sua teoria, são tantos e tão diversificados os usos do mantra que até mesmo o estudioso do tema se confunde, vez ou outra, com a variedade. Então vamos fazer uma aproximação cuidadosa do tema, para que você possa compreender a importância que o mantra ganhou junto aos yoginas. De uma maneira geral, existe a noção genérica de que o mantra é uma sílaba, palavra ou seqüência de palavras e sílabas, que revelariam algum tipo de poder, quando pronunciadas da maneira correta. Fala-se em palavras mágicas, sons capazes de operar grandes transformações na vida de quem com eles se envolve. Nosso objetivo aqui é tentar compreender qual é a natureza real desse fenômeno, e de que maneira ele funciona.

Para começar, é sempre bom colocar na mesa uma definição básica, a partir da qual seja possível orientar uma abordagem mais aprofundada do tema. Então vamos buscar essa definição, e depois tiramos nossas próprias conclusões. Começamos com Swami Sivananda, bem conhecido dos praticantes de Yoga, que afirma: “O Mantra é a divindade. O Mantra e seu Devata regente são apenas um. O Mantra é o poder divino. A repetição do Mantra elimina a impureza da mente, como a luxuria, a ira, a cobiça, etc.”[1] Pode-se perceber claramente que ele sustenta uma abordagem tipicamente religiosa para o tema, mas ele deixa claro que a força divina evocada pelo mantra tem a propriedade de limpar a mente. Essa mesma propriedade é citada por Tara Michael[2] que enumera o mantra entre os métodos empregados para obter a limpeza (shaucha), o primeiro dos niyamas do Yoga.

Por uma outra abordagem, o mantra é uma “fórmula ritual sonora, dada pelo mestre a seu discípulo no Hinduísmo e no Budismo, cuja recitação tem o poder de por em ação a influência espiritual que lhe corresponde”[3]. Essa afirmação nos remete ao fato de que o mantra é um elemento importante no rito de iniciação, e por conseqüência na relação entre o mestre e seu discípulo. Mas também coloca o mantra dentro de uma perspectiva mística, ou mesmo religiosa, tendo por base a crença de que o “guru” tem a capacidade de oferecer uma chave de acesso ao universo espiritual, através do próprio mantra. Na verdade, o mantra seria a única maneira pela qual o guru poderia transmitir a iniciação ao discípulo.

Mahatma Gandhi teria declarado que “o mantra se torna o cajado da vida de uma pessoa e a carrega através de cada provação. Ele não é repetido apenas pela repetição, mas é repetido para obter purificação, como um auxílio ao esforço... não é uma repetição vazia. Para cada repetição ele tem um novo significado, levando você cada vez mais perto de Deus”[4]. Mais uma vez, uma declaração com perfil religioso.

Essa recorrência de Deus ou dos deuses envolvidos na definição de “mantra” pode sugerir que este termo faça referência apenas a assunto de interesse religioso, mas isso não corresponde exatamente à verdade. O mantra tem um significado filosófico (metafísico, para ser mais preciso) que vamos descrever mais adiante. Vamos, porém, aprofundar nossa abordagem tomando referências que, embora não estejam diretamente vinculadas ao Yoga, podem nos ajudar a entender melhor alguns aspectos menos evidentes do nosso assunto. Essas referências que vimos até aqui, como a de Sivananda, que alegam que o mantra é Deus, podem receber um esclarecimento sugestivo por parte de Ernst Cassirer, filósofo neokantiano da Escola de Marburg, ao afirmar que “amiúde, o nome do deus, não o próprio deus, parece ser a verdadeira fonte de sua eficácia. O conhecimento deste nome submete àquele que o possua também o ser e a vontade do deus”[5], explicando também que “na Índia, o poder do Discurso (Vác) se antepõe ao poder dos próprios deuses”[6].

A palavra, portanto, está dotada de um potencial que ultrapassa a simples designação de um objeto, seja ele concreto ou abstrato, pois permite ao falante apropriar-se de forças que se encontrariam entre a palavra em si e o seu possível significado. Esse potencial é comparativamente o mesmo que se oferece ao poeta através da construção da “imagem poética”. Usando a definição oferecida pelo mexicano Octavio Paz, o “significado” é um “querer dizer” que pode ser dito de outra maneira, ou seja, as palavras comuns podem ser explicadas por outras palavras. Mas o sentido da imagem poética, por outro lado, é a própria imagem, e não se pode dizer com outras palavras. Nada, exceto ela, pode dizer o que ela quer dizer. Isto significa que as palavras, tocadas pela poesia, deixam de apontar para objetos externos e passam a ser, elas mesmas a Natureza designada e o sentido da designação. A linguagem cessa imediatamente de ser linguagem – o poema, nascido da palavra, desemboca em algo que a transpassa[7].

A palavra mítica, o mantra, tem um poder espiritual inerente: “a palavra tem de ser concebida, no sentido mítico, como ser substancial e como força substancial”[8]. Essa grande força de que é dotada a palavra, quando se converte em mantra, era reconhecida pelos pensadores da Índia antiga, que entendiam que era essa a única fonte de revelação possível. Uma revelação (“shruti”) não se vê, na tradição sânscrita, mas se escuta (do verbo shru – escutar). Cada um dos grandes munis (sábios) que compuseram os mais antigos mantras era chamado de kavi (poeta), e suas palavras eram dotadas do poder extraordinário de ativar o ritual com a presença dos deuses (forças naturais) que se manifestavam por meio dessas palavras. O mantra, portanto, é a palavra de nossos antepassados e expressa a revelação de sua herança vivencial para nós.

Como criação de poetas, cada mantra é uma poesia minimalista que abriga um único “insight”. Esse conteúdo subjetivo do mantra pode então ser transmitido com simplicidade para as gerações futuras, não pela compreensão do significado dos sons ou palavras que o compõem, mas pelo entendimento daquele “insight” que ali se oculta. Para que se entenda esse procedimento, vale a pena reproduzir uma explicação oferecida por Mircea Eliade:

“Acontece muitas vezes que toda uma metafísica está concentrada em um mantra. As 8.000 estrofes do volumoso tratado da tradição Mahayana, Ashtasahasrika-prajñaparamita, foram resumidas em algumas estrofes que constituem o Prajñaparamita-hrdaya-sutra. Este pequeno texto foi reduzido a algumas linhas na Prajñaparamita–dharani que, por sua vez, foi concentrada no Prajñaparamita Manbija-mantra; finalmente, esse mantra foi reduzido à sua ‘semente’, o bija-mantra: pram. De forma que se poderia dominar toda a metafísica prajñaparamita murmurando a sílaba pram” [9].

O mantra, portanto é uma ferramenta que possibilita a assimilação do sentido de um assunto complexo por uma via que não passa pela razão. Ele opera na esfera do princípio Buddhi (inteligência), que segundo o entendimento do Samkhya, que dá os fundamentos filosóficos para o Yoga, é o princípio formador do próprio Universo. A capacidade de perceber o sentido de um assunto depende de como está funcionando o processo que evoca, em nossa mente, o significado de uma palavra que lemos, ouvimos ou pronunciamos. Esse fenômeno que traz o significado da palavra à nossa consciência é chamado em Sânscrito de “sphota”.

Sphota designa literalmente um inchaço ou tumor. Deriva da raiz verbal “sphut” que significa “crescer, inchar”, que é o mesmo significado da raiz que dá origem à palavra “Brahma”. A reflexão sânscrita concebe o sphota como o fenômeno que faz crescer, em nossa mente, a idéia relacionada a cada palavra que ouvimos. Não se trata, no entanto, de idéias relacionadas a esses sons por mera convenção, mas sim idéias que deles derivam espontaneamente em razão do sentido etimológico de alguma raiz verbal, ou por sua ressonância natural com áreas de nosso corpo ou de nossa mente. Essa conexão natural da palavra com o efeito que ela produz em nossa mente se chama, na gramática, “yoga”.

Quando somos capazes de evocar o significado yoguico dos sons e das palavras que utilizamos, e construimos com eles um discurso que ecoa em nosso organismo como um todo, então estamos operando mantras. O mantra implica numa maneira de orientar os nossos pensamentos de modo que eles se libertem da racionalidade e mergulhem na profundidade da ressonância inconsciente (“visceral”) ou transitem poeticamente pela superfície das formas. “A Terra na profundidade, o Céu na superfície”, diz a Taittiriya Samhita (Yajur Veda Negro), I, 5, 4.

Um novo conjunto de forças é posto em ação pelo mantra, que rompe a barreira gramatical das palavras e, fugindo aos significados convencionais, trabalha apenas com o sentido natural evocado pelos seus constituintes básicos. Podemos afirmar, por essa razão, que os mantras não operam com sons comuns, mas com “tipos de sons” que têm a função de diferenciar o sentido das palavras[10]. Os mantras operam com fonemas, e não com outros tipos de sons.

Para que sejam aceitos como mantras, um som, uma palavra, ou uma série de sons e palavras, precisam ser capazes de dirigir nossa atenção ao sphota que eles evocam. Eles precisam colocar a mente em movimento, e ao mesmo tempo permitir que ela permaneça dessa maneira, sem que chegue a uma conclusão final – isto é, sem brindá-la com um significado formal. O pensamento produzido pelo mantra é puro dinamismo, e, por isso mesmo, inconclusivo. O mantra não precisa de um significado, e mesmo assim, sua “significação” é o fato dele indicar um sentido para onde a nossa atenção deve ser dirigir.

A dualidade das palavras, que se compõem de uma forma sonora (ou escrita) e de um conteúdo (o seu significado), não é normalmente percebida enquanto estamos falando. Nossa atenção permenece focada no discurso presente, que se resume a um fluxo descritivo, dinâmico, aparente desconectado de limites temporais. No momento em que falamos, não há ponto de partida nem ponto de chegada, mas apenas um movimento sem limites de idéias, que tende ao infinito e ao eterno[11]. Esse é o cenário em que o sphota existe de fato – um puro “devir” que não se concretiza, mas apenas indica uma direção para onde se dirige a nossa atenção. O sphota cria um foco, que será destruído no instante em que o pensamento se fixar no significado do discurso. Se percebermos a dualidade das palavras, escapamos do discurso para cair no dicionário.

A natureza atemporal do discurso é uma propriedade capturada pela nossa atenção quando ela não se fixa nem na forma nem no conteúdo do que se diz. Essa atenção que captura o fluxo do discurso e se liberta das armadilhas da forma, é chamada “dhi”, em Sânscrito, e poderia ser traduzida por “pensamento místico ou sagrado”. É daí que surge o termo “samadhi”, tão caro aos yoguinas, e que expressa o estado em que nossa atenção captura apenas esse fluxo do sphota.

Para que o assunto fique mais claro, basta lembrar que o termo “mantra” é formado a partir da raiz verbal “man” que significa “pensar”. O sufixo “tra”, que expressa o meio ou instrumento pelo qual a ação configurada pela raiz se concretiza[12], completa o significado da palavra “mantra”, que pode ser então traduzida como “instrumento que viabiliza o pensar”. O mantra, portanto, é um recorte que fazemos com nossa atenção na força que mantém a nossa mente funcionando, e que ativa a nossa inteligência – o sphota.

Entendido dessa maneira, o mantra perde um pouco do perfil religioso enunciado nas primeiras citações deste artigo para assumir o papel de ferramenta que possibilita o pensamento yoguico, emblematicamente representado pelo samadhi. Esse é um pensamento espontâneo e natural, que se faz com o corpo inteiro, e não apenas com a razão. A atividade mental que o mantra induz no praticante tem um caráter vivencial, dotada da capacidade de dar a ele um entendimento absolutamente pessoal, único, do momento que ele está experimentando.

Essa experiência vivencial, no entanto, não é inovadora. Com isso queremos dizer que tudo o que ele experimenta com a vivência propiciada pelo mantra é aquilo que ele já tem dentro de si. O mantra apenas revela a ele a herança vivencial de seus antepassados, que constitui a base natural de sua identidade como pessoa. Nesse sentido se compreende a razão de se alegar que o mantra tem uma função reveladora. Ele é o eco das vozes distantes de nossos antepassados.

Então o mantra tem um perfil ao mesmo tempo pessoal - que surge espontaneamente - e coletivo, por se valer do poder de uma herança cultural (seja na forma da linguagem que lhe dá sustentação, seja na força dos antepassados, revelada através de sua utilização). Mas mesmo dentro da perspectiva de uma herança coletiva, “os mantras buscam restaurar a palavra a um estado no qual o nome não mais evoca a imagem de um objeto, mas sua força (shakti)[13]”, e essa força se manifesta por meio da própria estrutura corporal e mental do praticante, transformando-se dessa maneira ela também em uma expressão pessoal daquele indivíduo.

O yogi que se dedica à prática de mantras precisa estar atento ao fato de que o seu corpo e o meio no qual ele está imerso obedecem aos comandos de sua mente, segundo a teoria dos mantras, e que por essa razão ele deve se valer de alguns cuidados em sua prática. “As pessoas por toda parte parecem sentir, consciente ou inconscientemente, que pronunciar um nome pode evocar a coisa nomeada. Por extensão, nós sentimos que falar sobre alguma coisa pode fazê-la acontecer, ou pelo menos torná-la mais provável de acontecer[14]”. Uma disciplina mental é, portanto, imprescindível para quem deseja se utilizar dos mantras.

O pensamento está freqüentemente numa condição indócil e agitada, produzindo idéias que habitualmente fogem ao nosso controle. Mas existe um procedimento secundário da prática dos mantras que tem a capacidade de lançar essa parte irrequieta de nossa mente em uma armadilha “circular”. Esse procedimento se chama “japa”, e consiste na repetição cíclica de uma recitação cujo significado seja de pouca importância para nós, ou que já tenha sido assimilado e não apresente interesse, exceto pelo seu aspecto rítmico e repetitivo. É o mesmo fenômeno que nos faz cantar repetidamente um “jingle” publicitário, que chega a irritar, por surgir em nossa mente a cada momento de distração, sem ter sido solicitado. A diferença é que o “japa” é induzido intencionalmente pelo praticante, com a intenção de capturar a parcela mais superficial da mente e aprisioná-la nessa obrigação de ficar repetindo uma seqüência sonora.

Uma vez aprisionado pelo japa, o aspecto mais superficial da mente sai de cena e permite que nossa atenção seja operada por camadas mais profundas de nossa mente, o que torna possível a meditação. O despertar dessa mente mais profunda (cihttam ou vajrachittam) pode tornar muito mais fácil a realização do Yoga, cujo foco é fazer a “forma autêntica” (svarupam) do “eu” se manifestar – de acordo com a definição de Yoga oferecida pelos sutras do sábio Patáñjali.

Há também um aspecto importante do mantra que é particularmente explorado dentro do tantrismo. A substância original da qual deriva o som, que é chamada de “akasha” (espaço), é a mesma substância, de acordo com a visão hindu, da qual deriva a luz. Talvez isso tenha surgido da associação da luz do relâmpago ao som do trovão. Por essa razão se acredita que um mantra pode existir em forma de som e também em forma de luz.

Para entender essa possibilidade, vamos partir da crença universalmente difundida no Hinduísmo, segundo a qual a fonte original da qual é criado o Universo pode ser resumida numa palavra monossilábica – o “OM”. Para os autores das upanishadas, Brahma é o OM, e Brahma é a palavra que resume os Vedas, e também é o conjunto dos versos dos Vedas. Para os pensadores tântricos, Shiva assume esse papel, recebendo às vezes a designação “Padam” (palavra). Tanto Shiva quanto Brahma são descritos com o tamanho de um polegar, e residindo na região do coração – onde a tradição também coloca a sílaba OM.

Cada vez que uma pessoa deseja dizer alguma coisa, ela mobiliza a energia vital de seu organismo para dar corpo aos sons correspondentes. Movida junto com o ar, pela respiração, essa energia vital é concentrada na coluna vertebral e desce por ali até a sua base, onde ganha forma o som “visível” (pashyanti nada), feito de luz. É como luz que ele dá o primeiro passo para se converter de fenômeno mental, subjetivo, em fenômeno material. Essa luz se diz que só pode ser observada pelos olhos internos de um yogi. Essa luz expressa a idéia à qual o som estará ligado pelo poder do mantra. Da base da coluna, esse som em formação avança para o alto e penetra na região do coração. Ali ele se converte em som “intermediário” (madhyama nada), onde ele ganha dinamismo e acesso à diversidade. É no coração que o mantra ganha o sphota – a força que dará significação a ele. Nesse estágio, todas as sílabas possíveis se abrem como possibilidade para o mantra, que ainda é apenas uma sílaba genérica e universal – o OM.

No terceiro estágio de sua formação, o mantra em formação, empurrado para o alto pelo vigor (ojas) da corrente vital, alcança a região da garganta, onde se reúne à coluna do ar da respiração e pela modulação do aparelho fonador constrói o som audível (vaikhari nada). E assim nasce o mantra, lançado à existência com o corpo inteiro, e não apenas com a garganta do praticante.

A revelação que o mantra evoca restaura o dharma dos ancestrais, ou seja, o conjunto de condições naturais que dá força para a família do praticante. O caráter revelador do mantra equivale ao das mudrás, dentre as práticas associadas ao Yoga. De acordo com Julius Evola “essas posturas [as mudras] têm uma ‘forma (gestalt) do gesto’ que, uma vez que tenha sido entendida, se acredita que tenha um poder iluminador e revelatório[15]”. Essa proposição nos permite reler as citações iniciais deste capítulo, que fazem referência a um poder “purificador” do mantra. Ao trazer à consciência o dharma dos ancestrais, o mantra remove do foco da atenção as interferências que sejam divergentes dessa fonte, fazendo a mente refletir com mais transparência as características peculiares à família do recitador. Este é o significado principal da purificação alegada – uma mente com menos interferências externas se torna uma expressão mais pura (autêntica) da vocação da família. A mesma lógica se aplica, com mais propriedade ainda, se imaginarmos a possibilidade de o mantra evocar a memória ancestral adaptada às condições peculiares ao indivíduo que o utiliza. Neste caso não é o kuladharma (dharma da família) que será fortalecido, mas o svadharma (o dharma pessoal) do praticante que leva o benefício. A mente do praticante se torna, então, uma expressão cristalina da natureza verdadeira do yogi, e a realização do Yoga acontece com naturalidade.

O verdadeiro mantra, portanto, é um “insight”. É como uma imagem poética muito significativa para o grupo familiar ou para o indivíduo, isoladamente (mantra pessoal). Ainda que tradicionalmente o mantra seja ensinado (ou revelado) por um membro mais velho da família ou por um guru agregado a ela, a sua aquisição também pode ocorrer durante uma meditação, quando ele é ouvido internamente (mentalmente) pelo yogi. Essa origem intuitiva, se ocorrida de maneira adequada, não diminui a potência indutora da experiência mística, de que os mantras são dotados. Esse mantra verdadeiro é uma poderosa ferramenta que pode ser utilizada para a realização do Yoga.

Um pouco de História

Os mantras mais antigos, sem sombra de dúvida são os versos que compõem os hinos do Rig Veda. Os mais antigos remontam a mais de quatro mil anos antes da Era comum. Foram compostos por indivíduos que ficaram conhecidos como “poetas” (usualmente chamados de “videntes”). O objetivo desses mantras vedicos era evocar as forças naturais, representadas pelos deuses, para que estivessem ativas durante a realização dos rituais de sacrifício. O conjunto desses mantras constitui a revelação vedica.

De todos os versos que constituem o Veda original, um foi escolhido como aquele que resume todo o sentido da coleção completa. Esse mantra é conhecido como Gayatri mantra – seu nome designa a métrica com a qual foi composto. Esse mantra é recitado diariamente por todos os brahmanes, em especial no momento do nascer do Sol e também no poente.

O conceito de mantra, no período vedico, sugere que sejam apenas fórmulas sagradas para recitação durante o sacrifício, mas o termo também se aplica a qualquer consulta ou planejamento que demande o uso da inteligência. Todo rei tinha ministros que lhe ofereciam os mantras nos momentos em que fossem solicitados. Isto significa que desde aqueles tempos remotos a palavra mantra já estava associada ao conceito do “insight”, do qual jamais se separou ao longo de sua trajetória histórica.

Posteriormente surgem questionamentos ao foco sacrificial da cultura vedica, e surge como resultado a literatura das upanishadas[16], composições de caráter místico, nas quais o poder da palavra se torna um importante ponto de reflexão – que resulta no amadurecimento do conceito de Brahma, idêntico ao “eu” pessoal de cada um de nós. O mantra aqui se torna sinônimo tanto dos versos vedicos quanto daquele que encarna o espírito dos Vedas. As upanishadas marcam um momento cultural em que ocorre a internalização do ritual, convertido gradualmente no Yoga que será delineado nos Sútras de Patáñjali. Nesse processo os mantras também se internalizam, evocando agora as forças que se alojam na mente do praticante (as atividades mentais). O quarto capitulo dos Sútras se inicia com a afirmação: “os siddhis (poderes especiais) são produzidos por nascimento, pelas plantas, pelo mantra, pela ascese (tapas) ou pelo samadhi” (IV, 1).

Um terceiro conceito de mantra vai se desenvolver intensamente a partir do Budismo, com o nascimento da literatura tântrica. Aqui ele vai se agregar a práticas de magia ritual com as mais variadas finalidades, tornando-se tão importante dentro da concepção tântrica do Universo que a própria literatura tântrica foi chamada por alguns autores de “mantra shastra”. Uma das conseqüências do desenvolvimento do mantra dentro do cenário tântrico foi o aperfeiçoamento do alfabeto para grafar o Sânscrito, a partir do século VI de nossa Era, culminando com o alfabeto devanagari, que nasceu envolvido em especulações mágicas envolvendo a relação entre os mantras e o corpo humano.

Talvez a mais conhecida aplicação dessa relação do alfabeto devanagari com o corpo humano seja a teoria dos chakras, com a representação das letras em cada uma das pétalas dos seis chakras mais importantes. Nessa teoria as forças são representadas em nosso corpo organizadas de modo vegetativo, com bulbos, caules e flores de lótus que brotam em pontos especiais do corpo. Cada um desses lugares é também marcado por uma sílaba “semente” (bija mantra). As pétalas que nascem em cada uma das 50 pétalas do sistema dos seis chakras são identificadas pelas 49 sílabas do alfabeto devanagari, acrescidas de uma letra adicional que representa o encontro consonantal “ksha”, que aparece na palavra “akshara” (“indestrutível”), que serve para designar a sílaba, na gramática do Sânscrito. Cada sílaba está acompanhada de um par de símbolos especiais de nasalização, conhecidos como nada e bindu (uma linha curva e um ponto que se coloca sobre ela), e que representam o som cósmico fundamental (nada), Brahma ou Shiva, e a força cósmica fundamental (bindu), a Shakti. Estes dois sinais são as marcas características dos bija mantras conhecidos como “matrikas” (mãezinhas) na tradição tântrica. Sem esses sinais, são sílabas comuns, com eles se tornam mantras de verdade.

Os mantras elaborados com finalidade mágica (proteção, desenvolvimento de qualidades ou poderes especiais, obtenção de favores e benefícios materiais, etc.) se tornaram muito populares, e disputam com os mantras de caráter devocional (religioso) a preferência da população hindu, de uma maneira geral. Nenhum desses mantras, no entanto, tem qualquer interesse para o Yoga. Os yoginas que se interessam pelo assunto dão preferência aos mantras de caráter místico, ou seja, aqueles que têm a capacidade de evocar as forças internas que dão ao praticante uma convicção acerca de sua própria identidade familiar ou pessoal. Esses mantras são eficazes para preparar a mente para a meditação, e levam o yogi a um estado superior de entendimento de sua relação com o conjunto da Natureza – sem outra finalidade além da descoberta e realização do si-mesmo (atma).



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[1] “Tantra Yoga, Nada Yoga, Kriya Yoga”, Editorial Kier, Buenos Aires, 1983, pág. 56.
[2] “O Yoga”, Zahar Editores, Rio de Janeiro, 1976, pág. 79.
[3] “Dicionário de Símbolos” por Jean Chevalier e Alain Gheerbrant, José Olympio Editora, Rio de Janeiro, 1999 (14ª edição), pág. 589.
[4] Citado por Eknath Easwaran em “The Mantram Handbook”, Nilgiri Press, Petaluma, Califórnia, 3rd Printing, 1982, à página 42.
[5] “Linguagem e Mito”, Editora Perspectiva, São Paulo, 1972, página 67.
[6] Op.cit., pág 66.
[7] Veja o capítulo “A Imagem” em “Signos em Rotação”, Editora Perspectiva, São Paulo, 1976.
[8] Cf. Enrst Cassirer, op. cit., pág. 79.
[9] “Yoga, Imortalidade e Liberdade”, Ed. Palas Athena, São Paulo, 2004, pág. 182
[10] cf. A. Rosetti em “Introdução à Fonética”, Publicações Europa-América, Lisboa, 3ª edição, 1974, página 152.
[11] Uma ilustrativa reflexão sobre esse tema do sentido e da significação das palavras, embora não focada na questão do mantra, pode ser encontrada em “Lógica do Sentido”, por Gilles Deleuze, Editora Perspectiva/Edusp, São Paulo, 1974.
[12] Cf. Carlos Alberto da Fonseca e Mario Ferreira em “Introdução ao Sânscrito Clássico”, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1978, página 178.
[13] Cf. Julius Evola em “The Yoga of Power”, Inner Traditionas International, Rochester (Vermont, EUA), 1992, página 110.
[14] Cf. Eknath Easwaran, op. cit., página 21.
[15] Op. cit. página 102.
[16] Veja, sobre isso, os capítulos “Como o Yoga Evoluiu” e “Yoga Upanishadas”

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Quem é Sathya Sai Baba?

Fui apresentado ao Sai Baba pelo meu querido prof. Hermógenes, a quem devo minha maior admiração e respeito, não foi pessoalmente, mas quando li: "Há somente uma Religião, a do amor. / Há somente uma casta, a casta da humanidade. / Somente uma linguagem existe, a do coração. / Há um Deus somente, e Ele é Onipresente". (Sathya Sai Baba) foi o suficiente parar ser devoto dele.


Na religião Indu se acredita que Deus encarna de tempos em tempos para promover o bem-estar da humanidade.

A esta encarnação, o Ser Iluminado é chamado de Avatar .

As qualidades do Avatar que mais o distinguem do homem comum é seu completo domínio sobre o mundo físico, incluindo a faculdade de materializar objetos a vontade e faculdades como :

a Oniciência, Onipresença e Onipotência,

a capacidade de transmitir uma corrente de Amor puro e inegotável;

Uma graça especial que transcende todas as circunstâncias do Carma.

SAI BABA É UM AVATAR DE SHIVA; UMA MANIFESTAÇÃO DO TERCEIRO ASPECTO DA TRINDADE INDU. - BRAHAM ( AQUELE QUE CRIA) - VISNHU ( AQUELE QUE SUSTENTA) - SHIVA (AQUELE QUE TRANSFORMA).

SAI BABA AFIRMA QUE NESTA PRESENTE FORMA ELE MANIFESTA AMBOS OS ASPECTOS DE SHIVA ( MASCULINO E FEMININO - SHIVA-SHAKTI).

EIS A RAZÃO DE SEU NOME.: SAI BABA QUE SIGNIFICA MÂE E PAI.

NUMA PÁGINA ANTERIOR, CONHECEMOS UM POUCO SOBRE BABAJI (PAIZINHO) SIGNIFICA BABA = PAI; JI = QUERIDO (DIMINUTIVO)-


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Onde quer que se dê especial atenção à Verdade, à Paz e ao Amor,
Em qualquer religião ou linguagem,

Seja através de que Mestre for,

neste lugar teremos a Religião Eterna - o Sanatha Dharma.


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" Dois deveres os homens devem realizar: Um é trabalhar para o bem do Mundo e o outro, e trabalhar pela liberação da Consciência."

Yoga, Hatha Yoga e Raja Yoga

Yoga, hatha yoga e raja yoga: diferenças dessas práticas e seus benefícios
por Emilce Shrividya Starling
"Torne-se seu verdadeiro amigo, aprendendo a apaziguar a mente, que é o alicerce de uma vida feliz e da paz interior"

O que é yoga?

Yoga é um sistema filosófico originário da Índia há mais de 4.000 anos. É uma tradição espiritual que por muitos anos foi ensinada oralmente aos discípulos por mestres realizados.

No século II a.C. o Yoga foi codificado por Patanjali, um grande Mestre.

Nos seus Yoga Sutras, Patanjali define Yoga no aforismo dois, dizendo: ”Yoga é a cessação dos movimentos da mente”. É aquietar as ondas mentais.

A palavra yoga significa unidade, união do corpo, mente e espírito.

É o voltar-se para dentro e descobrir em si mesmo um espaço de tranqüilidade, apoio e força interior.

È alcançar conexão com o Ser interior, fonte de sabedoria e luz, que reside dentro de nós.

Por que praticar yoga?

Porque funciona e pode transformar sua vida para melhor.

Essa prática ajuda a superar medos, condicionamentos e limitações que nos impediam de ser mais realizados e felizes.

O yoga nos ensina a desligar e relaxar em um mundo onde existe tanta pressa e inquietude. Traz entusiasmo e serenidade, saúde física, mental, social, emocional e espiritual

O segredo da prática do yoga encontra-se na palavra: equilíbrio. Buscamos encontrar o dourado caminho do meio, uma moderação equilibrada.

O coração do yoga é concentração e relaxamento ao mesmo tempo.

Yoga é religião?

O yoga não é uma religião. É uma filosofia e uma ciência. É a arte ser feliz, conquistando, saúde, bem-estar, coragem e alegria de viver.

O yoga nos ajuda a alcançar as quatro metas da vida: dharma (a retidão), kama (prazer), artha (a riqueza material e espiritual), moskha (a liberação).

O que é hatha yoga?

Hatha yoga é uma prática psicofísica que cuida do corpo e da mente por meio de várias técnicas.

O que se faz em uma aula de yoga?

Durante as aulas de hatha yoga, praticamos:

• posturas corporais (asanas), que produzem alongamento muscular, flexibilidade, firmeza, equilíbrio. Liberam o fluxo energético do corpo. Massageiam órgãos e glândulas, melhorando o funcionamento dos sistemas nervoso, endócrino, respiratório e digestivo.

• exercícios respiratórios (pranayama), que melhoram a troca gasosa, liberando toxinas e melhorando a oxigenação do sangue. Hamonizam nossas correntes de energias vitais, harmonizando os estados emocionais.

• pratyahara (abstração dos sentidos). Por meio de um relaxamento neuromuscular, recupera nosso corpo e traz um descanso para a mente.

• yoga-nidra, um relaxamento profundo, entre os estados de sono e consciência . Equilibra as emoções, estabiliza e aquieta a mente, reduz o estresse, alivia e cura sintomas de pânico e depressão. É uma profunda terapia que nos leva ao estado alfha da mente, estado muito tranqüilo. Neste nível podemos fazer uma reprogramação mental, mudando os padrões mentais negativos com frases afirmativas como: “Eu sou saudável. Eu sou confiante. Eu sou forte.”

A atenção focalizada no movimento físico e na respiração, ajuda a aquietar a mente e, praticando dessa maneira, a hatha yoga é verdadeiramente uma meditação em ação.

Quais os benefícios da hatha yoga?

Embora a hatha yoga seja física por natureza, seus benefícios são tanto físicos quanto emocionais.

Elimina e previne hipertensão, estresse, insônia, doenças psicossomáticas, trazendo estabilidade emocional e auto-estima.

Aprendemos a estar mais presentes, vivenciando o aqui e o agora, o momento presente.

Traz saúde geral e rejuvenescimento, vitalidade, pacificando a mente e as emoções, despertando o amor dentro de nós e a felicidade interior.

Qual é a meta do yoga?

A meta de todos os ramos do yoga, incluindo a hatha yoga, é nos levar para um estado de união com a nossa própria natureza essencial – o Ser interior.

Práticas como meditação, relaxamento, contemplação nos conduzem a este estado, tornando a mente quieta, permitindo que o Ser interior seja revelado.

Não obstante tudo o que você possa ter na vida – dinheiro, posses, status, etc... – se o corpo não estiver saudável e se a mente estiver inquieta, como você pode aproveitar alguma coisa disso?

Conseqüentemente, é de importância primordial que você mantenha o seu corpo saudável e forte e conquiste a serenidade da mente.

Pratique hatha yoga e experimente como depois de alguns minutos de prática, a mente e o corpo são trazidos para o equilíbrio e você se sente mais jovem, energizado, cheio de entusiasmo, apaziguado e relaxado.

Raja yoga

É importante também praticar a raja yoga, yoga real do autodomínio que nos ensina a dominar a mente negativa, conquistando a paz de espírito, uma mente amável, silenciosa, com controle dos sentidos e autoconfiança.

Um dos ensinamentos básicos da raja yoga, é a vigilância sobre os pensamentos, cortando na raiz qualquer pensamento negativo, substituindo-o por um pensamento oposto, positivo e confiante.

Com a prática constante você desenvolve essa vigilância e percebe que tem escolhas. Pode pensar mais positivamente e desfrutar de mais serenidade.

Descubra também que você é capaz de mudar seus pensamentos e cultivar pensamentos e hábitos bons. Tenha a experiência de que um pensamento negativo gera sofrimento, inquietação e ansiedade, enquanto que um pensamento positivo traz bem-estar e tranqüilidade.

Torne-se seu verdadeiro amigo, aprendendo a apaziguar a mente, que é o alicerce de uma vida feliz e da paz interior. Transforme-se para melhor. Deus em mim saúda Deus em você! Fique em paz!

O yoga e a Escola

O Yoga e a Escola
Por André Luiz Gadelha Maciel

Com a crescente necessidade de mudar o modelo atual de escola, não poderia deixar de manifestar minha insatisfação com o que encontrei após quinze anos afastados do exercício do magistério. Ora, a educação é inerente à sociedade humana, originando-se do mesmo processo que deu origem ao homem. Desde que o homem é homem ele vive em sociedade e se desenvolve pela mediação da educação, o que não justifica encontrar o mesmo quadro de há quinze anos.
A falta de autoconhecimento (físico, mental e espiritual), a meu ver, é um dos maiores problemas. Na educação de hoje, nos defrontamos com diversas dificuldades: a ansiedade, o estresse, os horários extensos e carregados de atividades, o ruído, o cansaço, o nervosismo antes dos exames, etc., que se vêem refletidos nas crianças, professores e também nos pais.

O yoga nos dá ferramentas que nos ajudam a balancear as energias, focalizar a atenção, afrouxar as tensões físicas e mentais e gerar um melhor ambiente para o trabalho em sala de aula.

Patanjali mostrou o caminho que nos leva aquisição da saúde física e mental e também do crescimento espiritual. Ao escrever o Yoga Sutra, composto por 196 aforismos que fundamentam a filosofia do yoga, entrega-nos um código carregado de valor universal. O descobrimento de nossas potencialidades faz-se por etapas cuidadosamente programadas, o que pode servir de base para todo o trabalho praticado em sala de aula. As abstenções, as observâncias, as posturas, o controle da respiração, a abstração dos sentidos, a concentração vai estimular o convívio mútuo, na purificação física e mental, na correção postural influenciando diretamente na saúde geral, na respiração acalmando e energizando o corpo e a mente, no relaxamento, na concentração e etc.

O ser humano é composto pelo corpo, mente, emoção e espírito. Parece que já é sabido, mas não o é, muitos se esquecem do corpo e se atém apenas a mente e, através dela, buscam aproximar-se do espírito, mas o corpo reclama a falta de ar nos pulmões e de bem estar e acabam se afastando ainda mais do espírito. “A lição já sabemos de cor, só nos resta aprender” e o YOGA É O CAMINHO.

“A educação é um processo lento como o desabrochar de uma flor; a fragrância se torna cada vez mais profunda e perceptível quando brota em silêncio, pétala por pétala, até que surja a flor completa”.
SATHYA SAI BABA

RELIGIÃO e ESPIRITUALIDADE

Um texto muito lucido sobre o episódio envolvendo os jogadores do Santos numa visita ao Lar Espírita Mensageiros da Luz, que cuida de crianças com deficiência cerebral para entregar ovos de Páscoa. Uma parte dos atletas, entre eles, Robinho, Neymar, Ganso e Fabio Costa, se recusou a entrar na entidade e preferiu ficar dentro do ônibus do clube, sob a alegação que são evangélicos.


Os meninos da Vila pisaram na bola. Mas prefiro sair em sua defesa. Eles não erraram sozinhos. Fizeram a cabeça deles. O mundo religioso é mestre em fazer a cabeça dos outros. Por isso cada vez mais me convenço que o Cristianismo implica a superação da religião, e cada vez mais me dedico a pensar nas categorias da espiritualidade, em detrimento das categorias da religião.

A religião está baseada nos ritos, dogmas e credos, tabus e códigos morais de cada tradição de fé. A espiritualidade está fundamentada nos conteúdos universais de todas e cada uma das tradições de fé.

Quando você começa a discutir quem vai para céu e quem vai para o inferno, ou se Deus é a favor ou contra à prática do homossexualismo, ou mesmo se você tem que subir uma escada de joelhos ou dar o dízimo na igreja para alcançar o favor de Deus, você está discutindo religião. Quando você começa a discutir se o correto é a reencarnação ou a ressurreição, a teoria de Darwin ou a narrativa do Gênesis, e se o livro certo é a Bíblia ou o Corão, você está discutindo religião. Quando você fica perguntando se a instituição social é espírita kardecista, evangélica, ou católica, você está discutindo religião.

O problema é que toda vez que você discute religião você afasta as pessoas umas das outras, promove o sectarismo e a intolerância. A religião coloca de um lado os adoradores de Allá, de outro os adoradores de Yahweh, e de outro os adoradores de Jesus. Isso sem falar nos adores de Shiva, de Krishna e devotos do Buda, e por aí vai. E cada grupo de adoradores deseja a extinção dos outros, ou pela conversão à sua religião, o que faz com que os outros deixam de existir enquanto outros e se tornem iguais a nós, ou pelo extermínio através do assassinato em nome de Deus, ou melhor, em nome de um deus, com d minúsculo, isto é, um ídolo que pretende se passar por Deus.

Mas quando você concentra sua atenção e ação, sua práxis, em valores como reconciliação, perdão, misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade, você está no horizonte da espiritualidade, comum a todas as tradições religiosas. E quando você está com o coração cheio de espiritualidade, e não de religião, você promove a justiça e a paz. Os valores espirituais agregam pessoas, aproxima os diferentes, faz com que os discordantes no mundo das crenças se deem as mãos no mundo da busca de superação do sofrimento humano, que a todos nós humilha e iguala, independentemente de raça, gênero, e inclusive religião.

Em síntese, quando você vive no mundo da religião, você fica no ônibus. Quando você vive no mundo da espiritualidade que a sua religião ensina – ou pelo menos deveria ensinar, você desce do ônibus e dá um ovo de páscoa para uma criança que sofre a tragédia e miséria de uma paralisia mental.

Ed René Kivitz, cristão, pastor evangélico, e santista desde pequenininho.